IDENTIFICAR UM NINHO

Censo nacional de coruja-das-torres (GTAN-SPEA, LabOr-MED-UÉvora)

Normalmente as corujas-das-torres reproduzem-se em locais altos e abrigados, como forros de telhados, plataformas interiores em casas abandonadas e barracões, buracos de árvores, etc.

Põem os ovos sobre uma camada de regurgitações (bolas feitas de aglomerados de pelos e ossos das presas, que são expelidas pela boca). Nem sempre os ninhos são visíveis ou acessíveis para nós.

Mas, mesmo nos casos em que não conseguimos ver as corujas, podemos perceber que estão presentes através de alguns indícios:

  • regurgitações
  • penas
Foto © Inês Roque

Normalmente encontramos estes indícios no solo, debaixo de um poiso usado pela coruja-das-torres para se abrigar de dia ou descansar de noite (por ex. trave no interior de um edifício).

Um poiso pode estar ou não perto de um ninho. Também podemos encontrar regurgitações e penas junto aos ninhos, mas há outros indícios que diferenciam um ninho de um poiso:

  • esqueletos de crias
  • cascas de ovos
  • camada de regurgitações

Mas a melhor forma de sabermos que estamos na presença de um ninho é quando observamos:

  • corujas adultas a entrar e sair de um edifício na primavera
  • corujas juvenis (as crias têm uma penugem branca antes das penas de adulto se formarem; muitas vezes ouvimo-las a “soprar”, a pedir alimento)

As corujas podem ser difíceis de ver, mas se ouvir uma coruja-das-torres em voo é provável que esteja na presença de um território.

Atenção, nunca perturbe uma coruja-das-torres a incubar (quando está a chocar)!

A maioria das posturas inicia-se em março, mas também pode acontecer antes ou depois. Nesta fase é muito provável que a coruja abandone os ovos e, possivelmente, o território. Estamos proibidos por lei de perturbar as aves nos seus ninhos. A verificação dos ninhos deve ser feita por técnicos credenciados.